BULLIYING




BULLYING


Seus livros jogados ao chão, risos e a pontos de dedo, 

como é grande o seu sofrimento.


Caminhando pelos corredores, ouvindo piadas e chacotas,

 com risadas e provocações que vêm sempre dos valentões.


A crueldade é o que resta, nas palavras afiadas como

 lâminas que dilaceram, deixando marcas profundas na alma. 


Chorar às escondidas, suportando no peito a dor de tanta maldade,

 vinda do próximo que deveria o amar.


Chutes e socos se tornaram frequentes,

 escondendo as feridas, chorando calado. 


No meio da madrugada os pensamentos torturam, 

com palavras que enfraquecem a alma. 


No outro dia todo aquele sofrimento de novo começa, 

mas ninguém ali enxerga. 


Achando mimado aquele que sofre, fingindo não ver o que ali se passa, 

dando a entender que sempre esteve errado e que aquele

castigo deveria ter sido mesmo levado. 


Num dia qualquer com o sofrimento acabou, 

com uma corda no teto ele pulou.


E depois daquilo todos ficaram sabendo,

 dos dias ruins e seus pesadelos.


Palestras então implantadas naquele lugar, 

e outros que pelo mesmo passavam começaram a falar. 


Mas foi preciso ter que morrer para o que 

está na nossa frente podemos ver. 


 Autor:Rita Rosa 


20/04/2024

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