Posted by Rita Rosa
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DOR DA ALMA
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Eu não queria ter partido, mas foi necessário para que você aprendesse a andar só. Despedida, momento doloroso, mas era preciso, era inevitável acontecer.
Partir, deixar o coração penoso. A separação, um vazio a preencher, o adeus, como uma faca a cortar, a distância a se estabelecer, sem mais se encontrar.
Prender-se a este mundo, uma constante luta, entre os laços terrenos e a alma absoluta, mas é preciso soltar as amarras e voar, buscar liberdade, o próprio caminhar.
Despedida, palavra amarga de se dizer, quando o adeus se dificulta de conter.
Olho-te nos olhos, sem saber se um dia irei voltar, sem saber que algum dia chegou a me amar.
Mas os desígnios do destino não nos favorecem, nosso encontro fica apenas nas lembranças, é triste saber que não posso ir te ver.
Não chore de desespero, nem suplique por mim. Deixe-me partir às vezes, é preciso aceitar que o amor pode nos deixar.
Lágrimas derramadas são válidas, mas não permita que o luto te afunde em um mar de absolutos.
Lembre-se dos momentos bons, das memórias que te trouxeram sorriso.
Valorize a vida que ainda te resta, que a saudade lentamente se acalma.
Mas agora é chegada a hora de eu partir, de voar para longe.
Quero que lembre de mim, como alguém que fez parte de sua história e foi embora sem dizer adeus.
Autor: Rita Rosa
18/12/2023
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